Thursday, January 4, 2007

CONTRÁRIAMENTE ÀS CONTRADIÇÕES CONTRADITÓRIAS

IRREGULARIDADES REGULARES
É regular, a existência de irregularidades.Logo torna-se irregular pensar-se que tudo é regular, quando na realidade o irregular encontra-se lado a lado com o regular. Basta um passo em falso do regular e logo se torna irregular.Regular não é oposto a irregular, antes pelo contrário, o irregular só surge mediante o regular. Não sei, nem é da minha responsabilidade, regular este tipo de situações, na certeza porém, também é regular que o irregular e o regular são uma espécie de dois em um, ou dois num, ou um que se divide em dois. Se o regular existe, é lógico que o irregular se encontra camuflado e pronto a intervir logo que o regular deixe de o ser. Agora, se o irregular depende da má funcionalidade do regular, o regular por sua vez só existe se não existirem irregularidades. O regular à semelhança do irregular, são irregulares, visto que umas vezes o regular, não é assim tão regular, tal como o irregular, surge quando algo não se manteve regular.Regular e irregular, são ao fim e ao cabo duas irregularidades regulares, ou este texto, não teria razão de existência.
CERTAMENTE FALSO
É certamente falso, que o errado é correcto e incorrecto ao mesmo tempo. Verdadeiro, falso, certo, errado.Se o verdadeiro e o falso, surgem em momentos certos ou errados, é lógico que o verdadeiro e o falso, não são o mesmo que o certo e o errado. Será?O certo, impõe-se para que não passe a ser errado, tal como o verdadeiro se metamorfoseia de falso, logo que o deixe de ser. Se o verdadeiro, passa a ser falso, é óbvio que não está certo errar, assim como o errado não é verdadeiro, se antes era certo. Certo?Conclusão, é certamente falso, que o errado e o certo, o verdadeiro e o falso, sejam cem por cento...................correctos.
DE TODO OU EM PARTE
Em parte, é possível pensar-se num todo. Mas não é de todo, que em parte, não se pense que o todo não exista. Se existe um todo, em parte não se poderá pensar nas partes que compôem esse todo. Sim, porque o todo é em parte, parte de um todo, assim como em parte o todo não existe em parte nenhuma. Neste caso, e em parte, é melhor pensar que este texto, está completo, ou em parte.
IGUALMENTE EM PARTES DESIGUAIS
Se partes iguais, são igualmente iguais, não serão igualmente, e em partes iguais, duas partes desiguais? Ou será que cada parte é metade da outra parte, igual a si própria!Partes iguais, não são certamente iguais, uma vez que cada parte, é independente da outra parte, ou outras partes, porque isto das partes iguais, em parte não vai a parte nenhuma.
PARA O MAL DO BEME PARA O BEM DO MAIS OU MENOS
Para bem do mal, é melhor que o mal se comporte bem. Senão fôr a bem é a mal, mas mal ou bem, o bem também pode estar mal, assim como o mal estar bem. O bem poderá estar mal, se não estiver correctamente bem, porque ao bem não se admite o mal, o que não acontece com o mal, uma vez que poderá fazer parte do bem, desde que não esteja de todo mal. O que é certo, é que o bem não estando na sua totalidade bem, não deixa de ser bem, para passar a mal, mas passa antes a estar menos bem, logo o mal também poderá passar a menos mal. Se o bem, se torna menos bem, está mal no seu papel. Se o mal, se torna menos mal, está a ficar bem.Para o bem e para o mal, o melhor é deixarem-se estar no lugar que lhes compete, antes que o mais ou menos o saiba.
SIMULTANEAMENTE AO MESMO TEMPO
Se ao mesmo tempo, se pode estar em simultâneo, o simultâneo é ao mesmo tempo o mesmo, quer isto dizer que simultâneo é uma outra forma de dizer ao mesmo tempo aquilo que decorre em simultâneo.Mas será que ao mesmo tempo, é em simultâneo!; ou o simultãneo é o mesmo ao mesmo tempo. Talvez o ao mesmo tempo, não passe de uma expressão de simultâneo, ou o simultâneo seja uma forma de dizer ao mesmo tempo o mesmo. Assim, ao mesmo tempo que algo decorre em simultâneo, decorre ao mesmo tempo que o simultâneo ou vive-versa. Se ao mesmo tempo é o mesmo que simultãneo, só pode ser simultaneamente o mesmo.
O MESMO OU VICE-VERSA
Se vice-versa é o mesmo de forma inversa, tanto faz ser vice-versa como o vice-versa ao inverso. Assim o inverso de vice-versa, só pode ser versa-virce, ou então eciv-asrev, ou asrev-eciv. E vice-versa.
IMAGINAR O IMAGINÁRIO
Imaginar o imaginário, é a forma mais imaginativa de imaginar aquilo que se pretende imaginar. Não que imaginar, seja difícil de imaginar, só que imaginar ao mesmo tempo, aquilo que se pretende imaginar, é de alguma forma fruto de uma grande imaginação. Agora imaginem!...
O INCOLOR TRANSPARENTE
Se o incolor, é ausência de côr, o transparente também o é. Mas se o transparente é ausência de côr o incolor já não o é. Será que o incolor é ao mesmo tempo transparente, ou o transparente não existe? Senão existe, lógicamente que o incolor também não, ou será que o incolor e o transparente, existem apenas para confundir a ausência de côr.O transparente é transparente, mas o incolor nem sempre é transparente, ou então não o designávamos por transparente, quando na realidade é incolor. O transparente, transparece, mas o incolor, não incolorece, logo o incolor e o transparente não podem ser o mesmo. Porque não incolorente!?
FIXAÇÕES NA FICÇÃO
Quem já não ficou fixado na ficção, ou fez da ficção uma fixação? A ficção não existe, ou então não era ficção, para passar a uma realidade fictícia. Acho engraçado, quando se diz que qualquer coisa que se pareça com qualquer coisa real é pura ficção. Não passa de uma fixação, de que a ficção é uma realidade, então para quê a ficção, se na realidade a ficção existe. Poderá é existir para além do real, logo se é para além do real a ficção não existe. Na realidade, a ficção, deixa de ser ficção, quando passa a um estado real. Por isso deixemo-nos de fixações na ficção e fixemo-nos no real.Ou o real é pura ficção!?
O PRINCÍPIO DO FIM
Não pode de maneira alguma, existir o fim sem o princípio, mas pode existir o princípio sem fim. Mas o que é o fim, se o fim é uma questão de princípios. O fim não existe, existem é formas de pôr fim ao princípio. Se o fim existe, é porque o princípio é banal, ou o fim acompanha o princípio desde o seu início. Mas iniciar é princípiar, tal como findar é finalizar. Não acredito nem no princípio nem no fim, porque o princípio é uma forma de ansiedade de chegar ao fim, o que faz com que o fim seja o princípio do princípio. Porque é que quando se princípia algo, não se coloca princípio no princípio, mas ao invés coloca-se fim, no fim? É porque o fim é mais importante do que o princípio. Então comece-mos as coisas pelo fim e deixemo-nos de princípios. Ou então comece-mos pelo princípio do fim.
A EXISTÊNCIA DO NÃO EXISTENCIAL
Se existe é porque existe, se não existe continua a existir. Sim porque se não existe, não podemos dizer que não existe, se não existe não sabemos da sua não existência, logo só existe o que existe. Ou será que existe o que não existe? Na minha opinião, não existe o que não é existencial, por isso não escrevo mais sobre o que não existe.Ou será que a existência do não existêncial, existe se nós quisermos que exista!
RELACIONAR A RELAÇÃO
Em relação a relacionar, tudo não passa de uma relação que se relaciona com a relação de relacionar. Se existe uma relação com o que se relaciona, acaba por existir uma inter-relação com o que se relaciona. Assim qualquer relação relacionada com essa relação, não passa de uma relação relativamente relacionável.Há que relacionar as relações.
TUDO OU NADA
É tudo ou nada, só que o nada não é tudo assim como o tudo não é nada. Ou será que tudo é nada e nada é tudo. Se tudo é nada, não escrevo mais nada, se nada é tudo, está tudo escrito.
VER PARA CRER NO QUE NÃO SE VÊ
Ver para crer, ou crer para ver!... é que às vezes não se crê no que se vê, assim como não se vê o que não se quer crer. Assim, vale mais ver se se crer, do que crer que se vê, quando não se vê nada do que se crê. Se não crê, não creia, mas não diga que não viu, ou então só viu o que crê que viu, quando na realidade, não viu nada do que queria crer.É ver para crer no que se vê, ou ver para crer no que se não quer ver.
AUSÊNCIA DO ISENTO
A ausência do isento, está claramente isenta do que se ausenta. Sem que o ausente, seja o mesmo que isento, é óbvio que o isento está ausente da ausência, ou será que a ausência é já de si própria a isenção do ausento isento?Se o isento não é sinónimo de ausente, do que serve o isento da ausência, se a ausência do isento se ausenta sempre que está ausente.A leitura deste texto, está isenta de IVA, ou ausente??
DE FORA POR DENTRO
Estar por dentro, nem sempre é estar dentro, tal como nem sempre é estar fora. Ora, se estar fora não é estar por dentro, como se pode estar por fora e dentro, se dentro do fora, não se permanece fora do dentro?Assim, a única solução dentro do fora, é estar fora dentro do fora, ou de fora por dentro.Sai fora.
DESORDENADAMENTE ORDENADO
É óbvio que estar ordenado, de uma forma ordenada, é estar ordenadamente ordenado. Só que estar desordenado de uma forma desordenadamente desordenada, pode significar estar ordenado, ou então ordenado de maneira desordenada e ordenadamente ordenada. Por falar nisso!...ainda não recebi o ordenado, ou desordenado??
O IDEOMA DA LÍNGUA
Falar um ideoma, não é falar uma língua, isto porque, de uma forma linguisticamente correcta, a língua só é ideoma se o ideoma corresponder a essa mesma língua. Logo a língua e o ideoma não falam a mesma língua. Se a língua, numa linguagem ideomática se assemelha ao ideoma, a língua não é um ideoma, mas o ideoma é a língua desse ideoma de língua.O bom da escrita, é que não se dá à língua, dá-se ao ideoma.
PASSADO NO FUTURO
Presentemente, como pode haver presente, se o presente é passado no futuro, e o futuro passa a presente. Se o futuro passa a presente, futuramente o presente é passado, tal como no passado o futuro já foi presente. Assim, encontramo-nos presentemente a passar pelo passado futuro, ou futuramente a passar pelo presente passado.Será que hoje é dia de futuro passado no presente, ou presente futuro no passado?
ISTO OU AQUILO
O que é isto, de isto ou aquilo, se aquilo não é mais do que isto. Será que isto, tal como aquilo, faz parte daquilo que isto é, ou isto, é parte daquilo que aquilo pretendia ser.Aquilo, que isto, por isto ou por aquilo, à falta disto ou daquilo, não é aquilo ou isto, é simplesmente aquilo.Isto ou aquilo o quê?...deixa-te disto...ou daquilo.
SER
O que é ser, se ser, talvez não seja mais do que um ser, que quer ser um ser, que é outro ser. Isto de ser ser, sem ser, será que é ser, aquilo que não se é, mas que se pretende ser sem ser, ou será que um ser, sem ser ser, quer ser e não o é. Claro que o é, ou esse ser, não seria um ser que pretende ser outro ser, que não o seu ser.Nunca fui outro ser a não ser o ser que sou.Será?
O QUÊ O QUÊ
O que é que é o quê, se o quê, é utilizado por quem não sabe o que é o quê. O quê, não existe sem quê. Porque não o quê 2, que resulta do quê 1, ou o quê e o quê quê. Assim o quê já não era o que é, para passar a ser o quê quê, do que é o quê. Mas como o quê é o que é, é porque o quê, tem o seu porquê.
DESOBRIGAÇÃO DO OBRIGADO
É quase por obrigação, que somos obrigados a dizer obrigado, quando na realidade, não fomos obrigados a nada. Será obrigatório, ou por uma questão de obrigação, obrigar a nossa mente abrigada, a estar obrigatóriamente obrigada a dísparar o obrigado. Não seria melhor, obrigarmo-nos a adoptar com obrigação de obrigar alguém, respondendo és obrigado. Aí esse outro, não era obrigado a responder obrigatóriamente o nada, mas antes, não sou nada. Logo o outro também não teria a obrigação obrigatória de nada, e acabava-se com a obrigação do obrigado de vez.Desobrigado.
AO CONTRÁRIO
.sodairartnoc someuqif ossi rop euq men ,oirártnoc o áres erpmes e é ,oirártnoc o ,rereuq uo rasnep somassop euq oa ,etnemairártnoC

CORRE PÉ 1998

3 comments:

Anonymous said...

Oi José.
São curiosos os jogos de palavras e comparações que utilizas nos teus textos, bem como os temas que escolheste comentar ou argumentar.
Força, vamos estando por cá para ir acompanhando os teus posts.
Abraço,

Bruno Vieira

Anonymous said...

É fixeeste benfiquismo paradoxal.

Gi said...

Não sei se li o que li, ou se li o que não sei, se li o que não sei fiquei a saber...o que li :O)
Gosto de jogos de palavras e gostei destas.